sábado, 21 de novembro de 2009

Pra "eles" é um mundo diferente.

Hoje, soube da explosão de uma bomba, que, por sinal, era coisa certa. Dilemas do ser humano... Na verdade, não considero uma bomba e nem mesmo um dilema. Talvez, por não fazer parte da história ou por realmente não ter nenhum preconceito.

Uma pessoa muito amada, que sofria muito até então com o que considera um problema, não suportando mais a angústia e a pressão, resolveu encarar o mundo, mais precisamente a família e expor sua preferência sexual.

Pelo que fiquei sabendo, foi um choque, muitas lágrimas, muitos desgostos, muitos lamentam... Tem os que realmente não se surpreenderam e tentam ajudar, tem os que fingem que aceitam pra passar por bonzinhos e os que realmente não aceitam.

Os primeiros vêem as coisas com naturalidade e acham que nada de mais aconteceu, que isso acontece com qualquer um e que a vida continua e nada mudou.

Os tais bonzinhos encaram como uma doença contagiosa parece ter medo de chegar muito perto, dizem que não vêem nada de errado, mas na verdade, dão graças a Deus por não ter acontecido com o filho deles.

Os últimos são os protagonistas, os preconceituosos, os que sempre apontaram pro filho dos outros e lastimavam a má sorte deles por terem um filho ou filha assim.
O caráter do réu (porque passa a ser réu aquele que prefere a verdade a mentir, a dissimular, a enganar) é esquecido. O caráter já não conta... o espírito bom e iluminado, o coração bom, isso já passa a não ter tanta importância...
Como o ser humano é hipócrita! Prefere esconder debaixo do tapete e fingir que não existe porque é mais cômodo pra ele. Preocupação com o drama do outro? Pra que? Foi ele quem quis isso...
Será? Quem quer isso? Quem escolhe ser diferente? Quem é louco o suficiente pra afrontar uma sociedade preconceituosa, sabendo que corre o risco de ser colocado à margem da sociedade pelo simples fato de ser diferente?!
Isso me faz lembrar algo que li escrito por Paulo Coelho no livro Maktub e faço questão de reproduzir aqui:

“Na véspera de Natal, o viajante e sua mulher faziam um balanço do ano que estava terminando.Durante o jantar no único restaurante de um povoado nos Pireneus, o viajante começou a reclamar de algo que não tinha ocorrido como desejava.A mulher olhava firme a árvore de Natal que enfeitava o restaurante. O viajante achou que ela não estava interessada na conversa, e mudou de assunto.- Bela a iluminação desta árvore - disse.- É verdade - respondeu a mulher. - Mas, se você reparar bem, no meio destas dezenas de lâmpadas há uma que esta queimada. Mas parece que, em vez de ver o ano como dezenas de Bênçãos que brilham você esta fixando seu olhar na única lâmpada que não iluminou nada.”

É isso!A maioria das pessoas fixa o olhar na única lâmpada apagada esquecendo-se de olhar o brilho das que estão acesas, das que realmente fazem a diferença... É pra se pensar. É pra refletir e ver que não somos nada. Quem ninguém é melhor do que ninguém. Que cada um é uma árvore e que tem suas lâmpadas acesas e também as apagadas. É preciso dar importância ao que realmente tem importância...

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